segunda-feira, maio 30, 2005

LIVRE COMO OS PÁSSAROS


Hoje eu queria alçar um vôo solo
o mais alto que meus pulmões aguentassem
o mais distante das algemas da terra
o mais perto da imensidão azul
queria pairar livre perto dos pássaros
mas minha condição humana me acorrenta a este chão
e me faz covarde como todos os homens.

Mariliza

quinta-feira, maio 26, 2005

UM HOMEM E SEUS PRINCÍPIOS...


Senador petista afirma na tribuna que assinaria requerimento mesmo que partido venha a barrar sua candidatura no ano que vem.

Suplicy chora antes de assinar adesão à CPI
Em um gesto surpreendente, o senador Eduardo Suplicy (SP), que de manhã acatara decisão da bancada do PT de não aderir à CPI dos Correios, anunciou chorando em um discurso à noite que iria assinar o requerimento para criar a comissão.
"Faço isso mesmo que o partido diga que nessa circunstância eu não serei o candidato do partido ao Senado em 2006", disse ele, ressaltando que mesmo assim não sairá do PT.
Um dos fatos que influenciaram Suplicy foi uma conversa com o líder do PMDB, senador Ney Suassuna (PB), em que ele vinculava, de acordo com o petista, votos favoráveis ao governo a nomeação para cargos públicos.
"Eu aprendi ao longo da minha vida que não devemos tomar decisões de como votar. Não por causa de cargos e liberações de recursos, mas em cima do que é melhor para o povo brasileiro", afirmou Suplicy.

Jantar
As declarações de Suassuna teriam sido feitas em um jantar na Embaixada da China na noite anterior. Segundo Suplicy, ele estava reclamando da relação com o governo e justificando dificuldades impostas pela base.
Suassuna e sua assessora de imprensa estavam com os telefones celulares desligados e não ligaram de volta para a Folha, que deixou recados.
"Ele [Suassuna] descreveu como diversos parlamentares faziam exigências de nomeações para votar com o governo", disse o petista, afirmando ter ficado "impressionado". Ele ainda questionou a motivação de parlamentares para retirar as assinaturas de apoio à CPI na última hora.
Funcionários do Senado levaram o requerimento de criação da CPI para o plenário, onde Suplicy o assinou. "Os episódios retratados são de uma complexidade tal que a CPI se justifica", disse ele, para quem a Polícia Federal pode falhar na investigação do caso.
Assim como o ex-secretário de Imprensa da Presidência da República, Ricardo Kotscho, Suplicy afirmou que o governo não está percebendo a realidade. "A Direção Nacional [do PT] e o governo estão tendo uma percepção muito distinta do sentimento da população brasileira, de que essa CPI deveria ser realizada e o PT, coerentemente com sua história, deveria apoiá-la", disse ele.
O senador afirmou que foi influenciado por e-mails recebidos de eleitores, pedidos nas ruas e pela opinião pública. "Se eu não tomasse essa decisão agora eu me consideraria destruído, pelo que eu fiz e acreditei até agora", disse ele.

Líder magoado
A reação ao gesto do senador foi imediata. O líder do PT, senador Delcídio Amaral (MS), ligou para ele magoado, segundo Suplicy, e teria ameaçado deixar a liderança. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) também ligou e lamentou a decisão tomada.
Os senadores Cristovam Buarque (PT-DF) e Paulo Paim (PT-RS), que ameaçaram nos últimos dias assinar a CPI, assistiram constrangidos ao discurso no plenário. Visivelmente irritado, Paim chamou Suplicy para conversar. "Tínhamos um acordo", disse ele.
Suplicy distribuiu cópias da carta enviada por e-mail ao presidente Lula, anteontem, explicando por que era importante assinar a CPI. Ele mandou junto a carta enviada por Sandra Fernandes de Oliveira ao colunista da Folha Clóvis Rossi. Ela denunciou a Operação Uruguai, um dos motivos do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Na carta ela se diz indignada com o governo Lula.
Suplicy relatou ainda no discurso que o líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), orientou os sete petistas que queriam apoiar a CPI a fazê-lo somente se a criação da comissão fosse inevitável, o que se saberia perto da meia-noite, prazo final para adesões e retiradas de assinaturas.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo
FERNANDA KRAKOVICS DA SUCURSAL DE BRASÌLIA Posted by Hello

Planalto Fracassa com a " operação-abafa".
O governo federal foi derrotado ontem em sua tentativa de barrar a CPI Mista dos Correios, que investigará denúncias de corrupção no órgão por indicados do aliado PTB. A estratégia de reduzir o número de assinaturas de deputados de 254 para pelo menos 170, um a menos que o mínimo exigido, fracassou. No Senado não havia como mudar: ontem cedo havia 51 das 27 assinaturas necessárias, à noite houve o reforço de mais um, o senador petista Eduardo Suplicy. Deverá haver punição para os parlamentares petistas que apoiaram a investigação.O dia foi de alta tensão: começou com uma sessão tumultuada do Congresso Nacional na qual foi lido o requerimento da CPI e terminou com oposição e situação ameaçando protocolar retiradas e novas assinaturas ao pedido no limite da meia-noite. O governo gastou mais de R$ 12 milhões em liberações de emendas para parlamentares com o objetivo de deter a CPI, mas preparou seu plano B: tentar controlar a comissão indicando o máximo de aliados supostamente confiáveis e ainda esvaziar sua instalação do ponto de vista regimental.

QUE PAÍS E ESSE???

terça-feira, maio 24, 2005

PASSANDO A BOLA...

Estudo sobre milho transgênico não era secreto, afirma Monsanto em nota.
A empresa multinacional Monsanto reafirmou ontem, em nota enviada à Folha, a segurança de seu milho geneticamente modificado MON 863. Em reportagem do jornal britânico "The Independent", reproduzida na edição de anteontem, afirmava-se que essa variedade havia causado anormalidades nos rins e no sangue de ratos alimentados com ela. O "Independent" dizia ainda que o estudo era secreto, coisa que a empresa nega na nota oficial."A empresa esclarece ainda que, ao contrário do informado, o estudo não é confidencial e sempre esteve disponível a quem quisesse consultá-lo, sob pedido à empresa, sendo inclusive submetido às agências regulatórias européias", diz a nota. Segundo o texto, o suposto sigilo deve-se ao fato de que "como é de praxe, as empresas não costumam tornar público esses documentos, por se tratar de questões estritamente técnicas".A empresa afirma que os mesmos dados do estudo divulgado pelo "Independent" foram avaliados pela Autoridade Européia de Segurança Alimentar, que não teria constatado anomalias nos ratos.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo - Panorâmica

segunda-feira, maio 23, 2005

MATAR É INERENTE AO HOMEM. VIL É O MOTIVO: DINHEIRO, PODER, PRAZER, ...



Milho transgênico causa alteração em rato
GEOFFREY LEAN
DO "INDEPENDENT
"

Ratos alimentados com uma dieta rica em milho geneticamente modificado desenvolveram anormalidades em seus órgãos internos e alterações em seu sangue, segundo um estudo. Os resultados trazem à tona os velhos temores de que a saúde humana possa ser afetada pelo consumo de alimentos transgênicos.
O jornal britânico "The Independent" obteve detalhes de um estudo secreto realizado pela companhia Monsanto, uma gigante no ramo de alimentos geneticamente modificados, que mostra que ratos alimentados com o milho alterado tinham rins menores e variações na composição de seu sangue.
Segundo o relatório confidencial de 1.139 páginas, esses problemas de saúde não apareceram em outro conjunto de roedores, alimentados com produtos não-modificados para servir de grupo de controle para comparação dos resultados.
As revelações surgem em meio a pedidos para que os resultados sejam tornados públicos, enquanto os países europeus se preparam para votar sobre se o milho modificado deve ou não ser colocado no mercado para consumo por seres humanos.

Impasse na Europa
Uma votação conduzida na semana passada pela União Européia não conseguiu chegar a um acordo sobre se o produto deveria ou não ser comercializado no continente. O Reino Unido e outros nove países votaram a favor da liberação.
No entanto, a revelação dos efeitos médicos sobre os ratos da Monsanto intensificou o debate sobre se é possível dizer que o milho é seguro para consumo sem mais pesquisas. Médicos dizem que as mudanças no sangue dos roedores indicam que o sistema imunológico do rato foi danificado ou que uma doença como um tumor havia surgido e o sistema lutava para combatê-la.

Preocupação
Vyvyan Howard, especialista em anatomia humana e biologia celular da Universidade de Liverpool, pediu a publicação completa do estudo, dizendo que o sumário da pesquisa dava "motivos para preocupação".
Michael Antoniu, especialista em genética molecular na Escola Médica do Guy's Hospital, no Reino Unido, descreveu as descobertas como "muito preocupantes do ponto de vista médico", complementando: "Eu fiquei impressionado pelo número de diferenças significativas que eles encontraram [no experimento de ratos]".
Embora a Monsanto descarte as anormalidades observadas nos ratos como insignificantes e aleatórias, uma fonte no governo britânico disse que os ministros estavam tão preocupados pelas descobertas que estavam requisitando mais informações.
Os ambientalistas encaram as descobertas como confirmação de um estudo britânico de sete anos atrás, que sugeria que ratos alimentados com batatas transgênicas sofriam danos à saúde. Aquela pesquisa, severamente criticada pela comunidade científica britânica, foi interrompida, e Arpad Pusztai, o cientista que liderou o estudo, foi forçado a se aposentar. Pusztai também reportou uma "enorme lista de diferenças significativas" entre ratos alimentados com milho convencional e modificado.

Produto antigo
O novo estudo da Monsanto é feito com um milho, com codinome MON 863, que foi modificado para se proteger contra uma larva de besouro, que a companhia descreve como "uma das pragas mais perniciosas a afetar plantações de milho ao redor do mundo".
Agora, no entanto, qualquer decisão de permitir que o milho seja comercializado no Reino Unido irá causar alerta generalizado. Os detalhes completos da pesquisa com os ratos estão no relatório principal, que a Monsanto se recusa a divulgar por considerar que ele "contém informações confidenciais de negócios que poderiam ter uso comercial por nossos competidores".
Um porta-voz da Monsanto disse no final da semana passada: "Se algum desses conhecidos críticos antibiotecnologia tinha dúvidas sobre a credibilidade desses estudos, elas deveriam ter sido apontadas aos [órgãos] reguladores. Afinal, o MON 863 não é novo, e já foi aprovado como tão seguro quanto o milho convencional por nove outras autoridades globais desde 2003".

Estudo da Monsanto é mantido em segredo; companhia alega razões comerciais para não divulgar dados

Fonte: Jornal Folha de S Paulo Posted by Hello

domingo, maio 22, 2005

1 ANO NO MUNDO VIRTUAL.


Posted by Hello
Quase 365 dias compartilhando minhas leituras, meus pensamentos e sentimentos com mais de mil pessoas que visitaram este blog. Descobri que a maioria eu não conheço, mas que retornam a visita. Morro de curiosidade de conhecer, mas já aprendi a aceitar o anonimato dos visitantes virtuais. De qualquer forma descobri que não escrevo só para me relembrar das coisas interessantes que li e das que aprendi no meu dia-a-dia.
ESCREVO PARA QUE ALGUÉM LEIA TAMBÉM, E COMPARTILHE COMIGO EM TEMPO REAL, TODA ESTA EXPERIÊNCIA MARAVILHOSA QUE É ESTAR VIVO.
HOJE É DIA DE EU DIZER, MUITO OBRIGADA PELA SUA ATENÇÃO E VOLTE SEMPRE.

quarta-feira, maio 18, 2005

ZÍPER NA BOCA



Comunicar bem é falar o que é proveitoso
Um amigo procurou Sócrates e queria contar algo sobre alguém. O filósofo, gênio do diálogo e da ironia, que prezava acima de tudo o conhecimento e a ética, pediu então que o amigo, antes de contar, submetesse a novidade a um filtro triplo: o que se vai contar é verdadeiro? O que se vai contar tem bondade, isto é, é algo bom para o outro?
Terceiro: a necessidade. O que se vai contar é necessário, útil, melhora alguma coisa? O amigo viu então que sua novidade não passaria pelo teste. Se não é certo, nem bom, nem útil, para que contar? Concluiu Sócrates.
Isso vale muito como orientação aos profissionais. O que ele fala traz conseqüências sempre: para si mesmo, para outras pessoas, para a organização. Assim sendo, é bom pensar e refletir antes de falar e, principalmente, aprender a controlar a língua, a compulsão de falar por impulso, por ansiedade, por diversão inconseqüente, por maldade. Falando o que não se devia.
Tudo ia muito bem na entrevista de emprego. De repente, o candidato descontrai-se, fica um pouco mais à vontade, entusiasma-se e faz um comentário desnecessário ou inconseqüente. Imperceptivelmente, uma força negativa começa a operar contra ele. Vejamos: · Ele critica disfarçadamente o ex-chefe, insinuando que ele não era de pôr a mão na massa. A primeira coisa que o entrevistador pensa é: será que isso é verdade?
O candidato naturalmente não sabe; logo, sua opinião não reflete algo que passaria pelo primeiro filtro. Fofoca não é coisa de gente séria! Verdade duvidosa, informação que não é para o bem, e que é absolutamente inútil. Por que falar? · Ele insinuou que a diretoria da empresa de que veio é incompetente. Opinião, não fato. Isso vem para o bem, é útil? Acontece que esta empresa tem forte relacionamento com aquela e detestaria ter em um posto de comando alguém que não mede as palavras. Ademais, o entrevistador também admira aquela empresa. · Ele conta algo folclórico sobre a empresa anterior. Não houve maldade, mas a que vem essa informação? Embora verdadeira, não passa pelo segundo filtro, da bondade, aquilo não é algo que ajude de nenhum modo o ex-empregador. Também não passa pelo filtro da utilidade, evidentemente. · Igualmente no dia-a-dia do trabalho é importante policiar a própria fala. Todo profissional é permanentemente avaliado no trabalho: pelos colegas, pelos subordinados, pelos superiores. Essa avaliação decorre de dois pontos principais: o que a pessoa faz e o que ela comunica. Tudo aquilo que se diz pode ter um peso importante presente ou futuro sobre a avaliação e sobre o que os outros farão em relação a quem comunicou.
Vejamos uma situação: O profissional relata um fato incerto do passado que depõe contra um executivo de uma empresa concorrente. Com isso cria uma predisposição negativa contra o outro e leva colegas a insinuarem coisas (também inadequadamente) nas relações com os clientes. De repente, um colega deixa a empresa e vai trabalhar com aquele executivo caluniado e vê que aquela informação é completamente infundada. Telefona para os ex-pares e relata isso. A avaliação do caluniador pelos colegas e subordinados nunca mais será a mesma. Pode-se confiar em alguém assim? Falas inadequadas Há algumas falas típicas que comprometem a imagem de competência e profissionalismo que são essenciais para que a pessoa cresça na carreira. Considerando os filtros propostos por Sócrates, eis alguns exemplos de falas a serem evitadas: O que não se sabe se é verdade: · Aquilo que não se presenciou. · Aquilo que se leu ou ouviu em fonte duvidosa. · Aquilo que é mero fruto de opinião e não de constatação ou estudo sério. O que não vem para o bem: · Comentários maldosos sobre a aparência de terceiros. · Comentários sobre fatos que depõem contra terceiros, que os expõem ao ridículo. · Comentários sobre questões íntimas ou situações que só interessam aos outros. · Críticas rancorosas e impensadas. O que não é útil: · Tudo o que se disse no item anterior. · Quaisquer informações, comentários, opiniões infundadas ou inadequadas. · Observações gratuitas que deixam as pessoas para baixo, nervosas, sentidas. Como vigiar a própria fala Pelo menos três regras devem ser consideradas pelo profissional que deseja policiar mais sua própria fala e, com isso, ampliar seu potencial de crescimento na carreira: · Condicionar-se a pensar nos três filtros de Sócrates antes de falar sobre alguém, algum produto, alguma empresa, algum programa de terceiros: verdade, bondade, utilidade. · Na necessidade de dar informação ou opinião sobre outros ou suas realizações, manter uma postura madura e responsável. · Considerar que a fala negativa gratuita traz sempre prejuízos de imagem e potencialmente acarreta problemas de relacionamento. · Controlar a compulsão de julgar e criticar, que usualmente é decorrente da arrogância, da frustração ou de problemas com a própria auto-estima. Olhar no espelho é sempre um bom comportamento. Ouvir mais e melhor e falar menos e melhor eis uma boa regra. Aprender a falar menos, com sabedoria, é relevante. O profissional deve educar-se para que de sua boca saiam palavras que possam honrar sua reputação. E deve aprender a ouvir, para entender melhor e aceitar mais os outros. A melhora nessas habilidades fundamentais trará efeitos positivos tanto para sua imagem quanto para sua carreira.

*Ricardo de Almeida Prado Xavier, administrador de empresas, é presidente da Manager Assessoria em Recursos Humanos.
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segunda-feira, maio 16, 2005

BRASIL, MOSTRA A TUA CARA...


Concordo com escritor João Ubaldo Ribeiro, que disse na Veja desta semana: "Nós vivemos num ambiente de lassitude moral que se estende a todas as camadas da sociedade. Esse negócio de dizer que as elites são corruptas mas o povo é honesto é conversa fiada. Nós somos um povo de comportamento desonesto de maneira geral." Posted by Hello

Pesquisas... Verdade ou Mentira?

Brasil fica entre países com maior desigualdade entre homens e mulheres, diz pesquisa.

O Brasil ficou em 51º em um ranking de 58 países que mede a desigualdade social entre homens e mulheres, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Fórum Econômico Mundial.De acordo com o Fórum, o estudo é inédito e leva em conta cinco itens, segundo os padrões do Unifem (Fundo das Nações Unidas para as Mulheres) para avaliar a desigualdade entre homens e mulheres: participação econômica (igual remuneração por igual trabalho); oportunidades econômicas (acesso a empregos não restritos à baixa remuneração e à ausência de preparo); presença em cargos decisórios, inclusive na política; acesso a educação; e acesso a serviços de saúde.Na classificação geral, o Brasil ficou atrás de países como Bangladesh (39º) e Zimbábue (42º). A Argentina ficou em 35º. A melhor colocação do Brasil foi em oportunidades econômicas (21º lugar) e a pior, no índice de presença em cargos decisórios (57º). Em termos de acesso a educação, o Brasil ficou em 27º lugar, enquanto a Argentina ficou em terceiro.Segundo a pesquisa, o principal problema no Brasil e nos demais países da América Latina é a falta de garantia de direitos básicos, "como acesso a serviços de saúde e presença em cargos decisórios".O estudo avaliou dados de 30 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e outros 28 em desenvolvimento. A pontuação dos países no ranking vai de 1 a 7 --quanto mais perto do 7, menor a desigualdade. O Brasil ficou com 3,29 pontos. Os EUA ficaram em 17º lugar, com 4,40 pontos. No item de oportunidades econômicas, ficaram atrás do Brasil, em 46º lugar, devido à licença-maternidade insuficiente e à falta de benefícios sociais durante a licença, além da falta de creches públicas, segundo o documento.Os cinco primeiros lugares foram ocupados por Suécia, Noruega, Islândia, Dinamarca e Finlândia, respectivamente --a Suécia ficou com 5,53 pontos. Segundo o estudo, "embora nenhum país tenha conseguido eliminar a diferença entre homens e mulheres, os países nórdicos tiveram mais sucesso em diminuí-la e em fornecer um modelo funcional para o resto do mundo"."Caracterizados por suas sociedades liberais, com um impressionante registro de abertura e transparência no governo e redes de proteção social abrangentes (...) as mulheres nesses países têm acesso a um espectro maior de oportunidades educacionais, políticas e profissionais", diz o documento.Segundo o economista-chefe e diretor do Programa de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, Augusto Lopez-Claros, o objetivo do estudo é "fornecer uma ferramenta para medir a diferença entre os gêneros nesses países (...) e dar oportunidades para que os países aprendam com as experiências dos que foram mais bem-sucedidos na promoção da igualdade entre homens e mulheres".

VINICIUS ALBUQUERQUE da Folha Online

Negros começam a ganhar visibilidade no Brasil

Atores destacam-se no país com segunda maior população negra.

O ator Lázaro Ramos, que deu seus primeiros passos na escola de teatro do grupo musical Olodum em Salvador, é o símbolo da conquista de espaço para os atores negros nas telas de cinema brasileiras.Ramos trabalhou em dez filmes nos últimos três anos, é o protagonista de uma série de TV de sucesso e apresenta um dos programas de maior audiência no Brasil. Mas há apenas cinco anos seu êxito seria inimaginável. Os filmes brasileiros dificilmente tinham protagonistas negros.Nas populares telenovelas, de um total de 40 personagens há em média três ou quatro para atores negros, e sempre em papéis secundários."Havia uma verdade quase inquestionável: que os negros não davam audiência, não funcionavam na publicidade e não levavam o público ao cinema", lembra o diretor de "Cidade de Deus", Fernando Meirelles. Apesar de o Brasil ter a segunda maior população negra do mundo, depois da Nigéria, com 47% da população negra ou mestiça, os negros eram invisíveis nas telas. O carnaval era a exceção.Quando começou a produzir "Cidade de Deus", Meirelles queria ser o mais realista possível. Investiu seis meses em uma escola de preparação de atores, em sua maioria negros, nascidos nas favelas do Rio de Janeiro. Com o sucesso do filme, que teve quatro indicações para o Oscar em 2004, uma série televisiva com o mesmo elenco foi realizada e obteve grande repercussão. "Essa idéia de que os negros não davam audiência desmoronou", diz Meirelles. Outro filme com protagonistas negros, "Carandiru", de Hector Babenco, segue o caminho de "Cidade de Deus" e se transformará em série de televisão.Esses dois filmes foram os maiores êxitos do cinema brasileiro nos últimos dez anos. Muitos atores de "Cidade de Deus", como Darlan Cunha, Jonathan Haagensen e Seu Jorge, já estrelaram séries de TV e telenovelas.No ano passado, a atriz Thaís Araújo, ao liderar o elenco da bem sucedida novela "Da Cor do Pecado", conseguiu ser a primeira estrela negra em quase 40 anos de telenovelas da Globo, o principal canal de televisão do Brasil.A novela em que Thaís atuou obteve recorde de audiência. A produção que a sucedeu no mesmo horário tem agora nove atores negros, outro número inédito. A jovem atriz esteve nas capas de revistas de moda em um país onde as passarelas são dominadas por modelos louras."Até pouco tempo atrás os papéis para negros se resumiam a escravos em produções de época ou empregadas domésticas", conta Mauro Alencar, doutor em teledramaturgia pela Universidade de São Paulo. "Agora os personagens negros são atuais e urbanos e falam do surgimento de uma numerosa classe média negra", acrescenta.O preconceito produziu absurdos na ficção. Em 2001, a telenovela "Porto dos Milagres" tinha seis atores negros de um total de 40, embora o enredo transcorresse na Bahia, terra de Carlinhos Brown, Estado do nordeste brasileiro onde 80% da população é mestiça.Durante décadas, o Brasil acreditou nas teorias desenvolvidas pelo sociólogo Gilberto Freyre (1900-1987), de que o país era uma "democracia racial". "Todo brasileiro traz na alma e no corpo a sombra do indígena ou do negro", dizia o autor. Acreditava-se que o racismo não existisse, devido à profunda mestiçagem e à inexistência de qualquer movimento de segregação, ao contrário dos Estados Unidos.Mas o Brasil foi o último país americano que proibiu a escravidão, em 1888, pouco depois da Jamaica e de Cuba, então colônias da Inglaterra e da Espanha, respectivamente. Em pouco mais de um século de liberdade, os descendentes de escravos tiveram muita dificuldade em sua ascensão social. Hoje, entre os 20% de brasileiros de maior renda, apenas 19% são negros, enquanto 80% são brancos. O salário médio dos negros costuma ser a metade do dos brancos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística."A democracia racial caiu por terra e nos anos 90 começamos a lutar por nossos direitos", conta o diretor Joel Zito Araújo, autor de um documentário sobre a invisibilidade do negro nas telas brasileiras, e cujo primeiro filme, "As Filhas do Vento", que estréia no próximo mês, tem um grande elenco de atores negros de diversas gerações.Nas esferas governamentais a presença negra ainda é tímida, mas também está em claro crescimento. Há dois anos, no início de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou quatro ministros negros (de um total de 33), um recorde histórico; desses restam três, entre eles o cantor Gilberto Gil, ministro da Cultura.Joaquim Benedito Barbosa Gomes é o primeiro juiz negro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, e foi nomeado em 2003. Pode parecer pouco, mas a presença de negros na cúpula da política brasileira era quase invisível dez anos atrás.Em 1995, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nomeou o primeiro ministro negro da história brasileira, Edson Arantes do Nascimento, o popular Pelé, como ministro dos Esportes. Das quatro principais cidades do Brasil, apenas São Paulo teve um prefeito negro (Celso Pitta, entre 1997 e 2000).Entre os 26 Estados brasileiros, apenas três --Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo-- tiveram governadores negros.Depois de tantos anos alardeando que não havia racismo, os brasileiros discutem o projeto do governo de criação do sistema de cotas --como a ação afirmativa nos Estados Unidos-- para garantir o acesso dos negros às universidades públicas.Nas instituições públicas, os negros estão ainda mais ausentes que da televisão. Na Universidade de São Paulo, estatal e gratuita, a mais prestigiosa do Brasil, apenas 1,3% dos 39 mil alunos são negros.Algumas universidades da Bahia, Rio e Brasília já tentam garantir 20% dos lugares para estudantes negros em seus exames de seleção. Outros âmbitos em que os negros são invisíveis são os programas de televisão (onde as apresentadoras costumam ser louras como Xuxa) e entre os empregados de restaurantes de luxo e lojas de moda."Nas revistas de celebridades, ser loura de olhos azuis ainda é o ideal de beleza", diz a atriz Thaís Araújo. Graças ao trabalho de atores negros como ela e seu namorado, Lázaro Ramos, esse modelo começa a mudar.

Fonte: El País - Raul Juste Lores em São Paulo

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

sexta-feira, maio 13, 2005

UFA!!! Demorei mais voltei...


Depois de muitas madrugadas. MEU PRIMEIRO SITE... Posted by Hello

www.avbs.com.br


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terça-feira, maio 03, 2005

INSTABILIDADE PROFISSIONAL


Demissão pode se tornar uma grande oportunidade", diz consultora


Demissão. Quem já passou por isso sabe que a perda do emprego pode ter o mesmo impacto de uma separação ou da descoberta de uma doença sem cura. A notícia traz uma enxurrada de pensamentos. Onde foi que errei? O que minha família vai dizer? Como vou pagar as contas a partir de agora? Quando vou conseguir um novo trabalho?

No programa "Trabalho" desta sexta-feira, a consultora em carreiras Vicky Bloch ensinou como superar esse trauma. Para isso, descreveu o ciclo natural desse processo tão difícil.

"A perda de um emprego não deixa de ser uma ruptura na vida. Essa situação traz um conjunto de emoções. A primeira sensação é tentar se livrar desse problema como se não fosse seu. A pessoa finge como que não viu", explicou Vicky. "É a negação, uma forma de se proteger."

"Graças a Deus, fui demitido!"

Depois, vem a sensação de alívio. "A pessoa diz: 'graças a Deus que tomaram essa decisão, eu não agüentava mais trabalhar lá'. Mas ela não fala isso porque está feliz, mas porque se vê livre daquela sensação que antecede a demissão, por exemplo, quando há sinais de que vai ser demitida ou está sendo posta de lado."

O medo e a raiva aparecem depois. Em seguida, vem a barganha. A pessoa que foi demitida pede para continuar na empresa até terminar o projeto que está tocando e diz que, se no final houver uma posição, mesmo menor, ela fica. "Quando a gente percebe que nada disso muda a situação em que estamos, a tendência é ficar deprimida", contou Vicky.

"Todas essas emoções acontecem durante o processo e são naturais. Mas é necessário administrar a sensação de insegurança, de raiva, de tristeza. Para isso, é preciso ver que você tem um valor."

Encontre um foco

A demissão pode até se tornar uma grande oportunidade. "A pessoa acaba parando para pensar no que quer da vida. Quantas vezes você fica sabendo de alguém que saiu de uma empresa e agora está melhor ainda do que antes? Não é que a empresa anterior era ruim, mas essa pessoa teve tempo de refletir, se reposicionar e achar uma alternativa que parece tê-la tornado mais feliz."

A volta por cima tem como peça-chave a construção de um cenário futuro, ensinou a consultora. Antes de se lançar de novo no mercado, encontre um foco.

"Tem que entender o que aconteceu com você, revisitar seu patrimônio profissional -competências, projetos que deram resultado... E para fazer isso acho válido contar com uma pessoa que você admire. Só assim você enxergará o próximo passo, que pode ser continuar na mesma área, abrir um negócio próprio, fazer consultoria, trabalhar por projetos..."

Para descobrir se é hora de promover uma grande mudança na carreira, você pode fazer duas perguntas básicas. A primeira é: ainda tem o que aprender na área em que atuava? Depois, questione se ainda gosta do que fazia.

Ninguém está livre

Vicky lembrou ainda que estar desempregado não é mais carregar um rótulo de profissional ruim. "Num processo de aquisição e fusão você troca pessoas e não necessariamente elas são incompetentes", comentou.

Todo mundo está sujeito a essa perda e deve estar preparado. "Até 20 anos atrás havia um contrato psicológico entre pessoas e empresas dizendo que, dando lealdade, você tinha segurança. Hoje temos um mercado diferente, em que o cliente é o dono do seu emprego. Você só tem segurança na sua capacidade de estar com as competências, o conhecimento e a rede de relacionamentos atualizados para, na hora em que quiser ou precisar, fazer mudanças ou uma transição mais rápida."

Fonte: Uol
Posted by Hello

domingo, maio 01, 2005

BRIGUENTA ASSUMIDA


Hoje, descobri que não vivo sem desafios.

A mesma sensação de quando acordamos com uma idéia iluminada. Eu tive hoje, quando acordei enxergando claramente que adoro causas perdidas, ou melhor, que parecem perdidas.
Me envolvo até o fundo da alma, tento controlar o stress, mas no fundo sei que existe uma solução e que o caminho vai ser difícil.
Minha maior motivação é combater as injustiças. O poder que os mais fortes impõem, sobre o mais fracos. Não consigo entender esta necessidade humana - a Supremacia.
Por que precisamos subjugar os outros? Será que o poder muda as pessoas? Fiquei feliz quando vi a vitória do Lula nas urnas, mas confesso que houve decepção. Acho que ele descobriu que era muita areia pro seu caminhãozinho, e que iria precisar de muita ajuda. Hoje ele assume que não sabe como seria seu governo sem o Sr. Palocci, que em suas negociações políticas, agora como governo, não pôde manter o mesmo discurso da posse.
Meus ensinamentos e minha formação me permitem dialogar até a exaustão, mas quando não há solução eu parto para a briga (no bom sentido, pois detesto violência).
Descobri que estas causas me dão muita dor de cabeça, prejuízos no bolso e na vida profissional, que você tem que resistir as tentativas de suborno e se manter fiel aos seus objetivos.

Descobri também que sempre haverão os dois lados, e que muitas vezes pessoas boas podem estar sendo conduzidas por líderes má intencionados, talvez por inocência ou comodismo mesmo.
Enfim, hoje me sinto mais feliz. Pois aos quarenta anos, consigo perceber porque as coisas parecem mais difíceis para mim, tanto profissionalmente como em outros segmentos da minha vida. SEMPRE ESTIVE E ESTAREI, DO LADO MAIS FRACO.
Mas tenho um bom precedente, NUNCA ABANDONO UMA LUTA. E tenho somado muito mais vitórias, do que derrotas.
Hoje no dia primeiro de maio, concidentemente dia de lembrar de Airton Senna e dia do trabalhador, eu encontrei respostas para muitas perguntas antigas.

Ao longo de minha vida, eu não me lembro de ter feito esta escolha voluntariamente. Eu só descobri que esta sou eu, que sou assim desde menina. E assim também, era meu pai.
Coisas do destino... E olha que eu sou marketeira e tento planejar tudo, inclusive estimando os resultados, que devem ser sempre positivos.
No geral tudo tem sido positivo, pois também tenho encontrado pessoas com estes mesmos ideais, que lutam pelo que é certo e justo para todos. E nada substitui a satisfação do dever cumprido.


PRIMEIRO DE MAIO, UM BOM DIA PARA SE COMEMORAR O VERDADEIRO TRABALHADOR.